domingo, 8 de maio de 2011

Dia das Mães

Eu não sei o que é ser mãe.
Mas de longe eu vejo que ser mãe é algo extraordinário .

Lembro-me quando, aos 14 anos, uma amiga da mesma idade, tornou-se mãe. Fui visitá-la e levar um presente pra filhinha dela. Era primeira vez que eu cumpria esse tipo formalidade. O quarto, onde muitas vezes fui brincar e falar de professores e meninos, agora tinha outro clima. Tinha um berço, e uma cômoda cheia de produtos para bebês. Tudo tinha um cheiro diferente. Ela também estava muito diferente. Com uma habilidade assustadora , para mim, ela pegava a bebê no colo, trocava fraldas, DAVA BANHO e amamentava. 

Enquanto olhava tudo aquilo, admirada, eu perguntei: “Como você consegue fazer tudo isso? E parecendo uma mãe de verdade?” Ela riu e respondeu o óbvio: “Agora eu sou mãe de verdade. Tenho que aprender, né? Mas é muito gostoso!
Eu não entendia como uma menina de 14 anos podia achar gostoso e fazer aquilo tão bem. Mas me encantava ver a maravilhosa transformação da minha amiga.

E talvez tenha sido ali, com a realidade de ver uma filha virando mãe, que eu tenha pensado em como teria sido a transformação da minha mãe. E de como ela realmente dava conta de fazer coisas incríveis.

Eu não sei como é ser mãe. Mas eu entendo que algo mágico acontece com essas mulheres que se destacam entre as demais. Vejo que elas se sentem mais poderosas:  enfrentam trânsito para levarem seus filhos à escola, à natação, ao inglês; enfrentam filas enormes para conseguirem vaga na escola ou comprar o brinquedo tão desejado do filho; enfrentam a vergonha da exposição pública para gritarem “É meu filho! É minha filha!” quando eles cantam ou dançam na festinha da escola. Enfrentam professores, diretores e a convocação do exército pelo que acreditam ser o melhor para sua prole.  Enfrentam seus medos, pesadelos, intolerância a alimentos, tudo em benefício de seus filhotinhos. Mães enfrentam qualquer parada.

Aprendem matemática, história e gramática para ajudar na lição de casa. Aprendem a cozinhar e como disfarçar espinafre na comida. Aprendem informática para acompanhar os passos virtuais dos filhos.
Aprendem a cuidar de 2, 3 ou mais bebês ao mesmo tempo. Incrível!!!

E gritam histéricas com as crianças. E reclamam da falta de sossego. E dão centenas de beijos por segundo enquanto amassam seus filhos num abraço apertado cheio de carinho.
Reclamam que os filhos não querem nada da vida, e choram um mês inteirinho quando eles arrumam emprego e saem de casa. 

Eu vejo mães levantarem seus filhos.  Recuperam, curam, salvam. Tão fortes, poderosas que os filhos nem percebem que quando elas saem de seus quartos e fecham a porta, o mundo desaba. Elas choram, ficam doentes, sofrem.

Muitos dizem, equivocados, que amam suas mães porque elas lhes deram a vida. Talvez esses, não tenham ainda conseguido enxergar de verdade a grandeza de suas mães. Eles a amam e sabem que é muito e sabem que é de verdade, mas não entenderam porquê. Eles as amam porque elas lhe deram a própria vida.
Trazer à vida, dar à luz é relativamente fácil. Visto que a natureza já cuidou desse processo. Os religiosos acrescentariam ainda que só Deus dá a vida, e a dádiva de vir ao mundo. Difícil mesmo é manter a vida. Difícil é criar, desenvolver, educar, se abdicar de si mesmo.  

Eu não sei o que e nem como é ser mãe. Mas sei que mãe não é tudo igual. Algumas deram à luz. Outras escolheram ser mães. Escolheram fazer o que acreditaram ser o melhor para seus filhos. Dar amor, carinho, casa, conforto, educação, valores. Cada uma do seu jeito, com seus acertos e erros, com suas qualidade e defeitos, mas com convicção e um certo tanto de medo.
À essas mães, acredito, que devemos render nossas homenagens.

Que o dia de hoje seja uma boa oportunidade para tentarmos entender nossas mães:
As melhores mães do mundo!!!

Feliz Dia das Mães



Texto dedicado à minha mãe – que conseguiu dar os filhos dela mais do que ela mesma achou que faria. Mais do que eles precisavam. Mais do que eles mesmos acham que conseguirão dar aos próprios filhos.

Curiosidades sobre algumas mães extraordinárias, clique AQUI.

2 comentários:

Karla Fantin disse...

Que linda sua homenagem, Ju! Quero muuuuito um dia ser essa mãe maravilhosa que você descreveu! Beijo!

Terê disse...

Obrigada. E como mãe posso acrescentar ainda que basta um sorriso, um abraço dos filhos para repor todas as energias que perdemos ao ve-los sofrendo.